Em seu discurso de despedida, ao passar adiante o cargo de diretor da Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), João Márcio de Carvalho Rios usou a seguinte expressão de Cícero: “A História é a testemunha dos tempos; luz da verdade; vida da memória; mestra da vida; mensageira do passado”. Temos, então, aqui, a história testemunhando sua jornada de realizações.
Em 26 de março de 1939, nascia em Macaia, distrito mineiro de Bom Sucesso, João Márcio de Carvalho Rios, filho de Francisco Chagas da Silva Rios e Cacilda de Carvalho Rios. Casou-se com Nilda de Jesus Duarte Rios e tiveram quatro filhos: João Márcio de Carvalho Rios Junior, Lilian Mara Duarte Rios Bueno, Maria Cristina Duarte Rios e Cacilda Márcia Duarte Rios Faria.
Em janeiro de 1958, iniciou sua formação como Engenheiro Agrônomo na ESAL, com conclusão em dezembro de 1961, graduando-se com média global acima de oito, na terceira colocação da turma. Durante o curso, foi atuante nos cargos de vice-presidente e presidente do Diretório Acadêmico de Agronomia da ESAL, em 1961. Também graduou-se em Licenciatura em Matemática, em 1971, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Fundação, em Varginha.
Pós-graduado como Mestre na área de bioquímica, em 1973, pelo Instituto de Bioquímica da Universidade Federal do Paraná, com a dissertação “Estudo dos citocromos e da oxidação fosforilativa em semente de pinheiro (Araucaria angustifólia)”, cursou também, na Escola Superior de Guerra, Rio de Janeiro, o Curso Superior de Guerra em 1984.

João Márcio lecionou Física no Colégio Evangélico de Lavras (Instituto Gammon), em 1962; Ciências Físicas e Biológicas no Colégio Estadual Dr. João Batista Hermeto; e Biologia no Colégio Nossa Senhora Aparecida, ambos em 1966. Foi professor de Biologia do Instituto Superior de Ciências e Artes – atual Unilavras, em 1968. No Instituto Superior de Ensino e Pesquisa de Ituiutaba - MG, em 1986, foi contratado como professor de Bioquímica Celular e Química Orgânica e Biológica, mas atuou também como diretor. Na Universidade do Amazonas, entre 1976 e 1979, foi contratado como assessor de Ciências Agrárias do Departamento de Assuntos Universitários do Ministério da Educação (Sesu/MEC) e esteve à disposição para prestar assessoramento ao Departamento de Assuntos Universitários (DAU/MEC) na implantação do curso de Agronomia da Fundação Universidade do Amazonas em Manaus. Acumulou também a função de coordenador local do Programa de Desenvolvimento do Ensino de Ciências Agrárias (Prodeca), prestando apoio às atividades em Ciências Agrárias da Universidade do Amazonas.
Professor titular desde 1974, foi admitido pela ESAL no primeiro dia de janeiro de 1962, atuando no Departamento de Agricultura da Instituição até maio de 1990. Em sua jornada pela Universidade, atuou nas disciplinas de Botânica Agrícola (1962-1965), Ecologia (1962-1968), Física (1962-1964) e Fisiologia Vegetal (a partir de 1974). Foi designado para o Departamento de Biologia em 1973, momento de sua criação.

João Rios foi diretor da Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) (1979-1983), coordenador de pós-graduação da ESAL, (1975-1976), chefe do Departamento de Biologia da ESAL (1973-1975) e secretário-executivo da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe) (1992-1993).
Em 1961, recebeu o prêmio “Edição Melhoramento”, como 1º colocado na Cadeira de Agricultura e Genética Especializada do Curso de Agronomia, com média superior a 9,5. Em 1984, foi considerado Engenheiro Agrônomo Destaque pela Sociedade Mineira de Engenheiros. Foi sócio representativo do Rotary Club de Lavras - MG, nos períodos de 1973-1985 e 1989-1990, e Ituiutaba, 1986-1987; governador do Distrito 4560, no ano rotário 1995/1996. Foi também paraninfo dos formandos em Engenharia Agronômica do Instituto Superior de Ensino e Pesquisa de Ituiutaba (Isepi) em 1988 e paraninfo dos formandos em Agronomia de ESAL em 1975.
Ao término do discurso citado no início deste memorial, conclui dizendo: “Aguardo sereno, humilde e confiante o julgamento que a história fará do nosso trabalho.”
