José Garibaldi Dantas foi um homem afeiçoado do anonimato. Agrônomo por essência, foi uma pessoa de relacionamentos profundos com as principais lideranças do Brasil. Com seu conhecimento e "cabeça fria", ajudou a construir um Brasil exemplar.

Educado desde cedo para o desenvolvimento da cultura do algodão, foi aluno da Escola Agrícola de Lavras (MG), entre 1912 a 1919, se formou pela Faculdade de Lavras (MG), em 1920, e especializou-se na Faculdade de Athens (Georgia/EUA), em 1922, curso realizado com uma bolsa de estudos concedida pelo seu laureamento nos estudos superiores.

Foi um servidor público nato, preocupado com o desenvolvimento do País. Ocupou cargos no governo do Rio Grando do Norte, no governo de São Paulo e sua vasta experiência no Ministério da Agricultura lhe conferiu posição no Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio (CNC) desenvolvendo diversos estudos e relatórios para o desenvolvimento brasileiro e a direção à Comissão de Financiamento da Produção (CFP) por 17 anos, desde a sua fundação em 1943.

Terceiro filho do casal Dr. Manoel Gomes de Medeiros Dantas e D. Francisca Augusta Bezerra de Araújo, nasceu em Natal no ano de 1898 e veio a falecer em São Paulo no dia 24 de junho de 1979 deixando dois filhos, Ana Maria Dantas e José Campos Dantas.

Conhecido como missivista, seu vocabulário rico e preciso pode ser encontrado no livro "Extremo Oriente" (1936), em que conta sua visita diplomática ao Japão representando o Governo Vargas em 1935. Além deste, Garibaldi Dantas publicou em vida diversas revistas sobre Agronomia, Economia, Mercado Internacional. A Coleção Mossoroense resgatou a obra "Geografia Econômica do Rio Grande do Norte" (1979), resultado de um facsimile de suas publicações na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte entre os anos de 1924 e 1926. Após o seu falecimento a Coleção Mossoroense também publicou "Um rio que corre o nordeste" (1990), "Cartas de Lavras" (1996), "O homem que o Brasil não esqueceu" (1992) e "Benjamim Hunnicut" (2001).

Texto elaborado pelo historiador Alexandre Rocha, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, o qual ocupa a cadeira 160, que tem como patrono José Garibaldi Dantas.

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